Presos esperam que goleiro Bruno reforce time de futebol em presídio

A presença do goleiro Bruno na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), foi o assunto principal entre familiares e os próprios detentos durante o horário de visita, neste sábado (10). Alguns revelaram que estão ansiosos por poder escalar o jogador em seu time de futebol, nas partidas realizadas todos os sábados e domingos, depois das 18h. Apesar de haver expectativa pelo convívio com o jogador, ele seguirá em isolamento por 30 dias, período previsto para a triagem de novos presos no sistema prisional.

Na unidade penitenciária estão outros cinco suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Ela é ex-namorada do goleiro e considerada morta pela Polícia Civil de Minas Gerais. São eles: Luiz Henrique Romão (Macarrão), Marcos Aparecido dos Santos (Neném, Bola ou Paulista), Wemerson Marques (Coxinha), Flávio Caetano e Elenilson Vitor da Silva.


A mãe de um dos presos do pavilhão 6, cujo filho cumpre pena por envolvimento com tráfico de drogas, disse que muitas pessoas que foram visitar parentes detidos esperavam que poderiam ver o goleiro em um dos pavilhões. Bruno ainda é considerado idolo do futebol, seja por jogar no Flamengo ou pela passagem pelo Atlético-MG. "Meu filho falou que ele vai ser bem recebido quando puder ir ao convívio com os demais presos. Por enquanto, ele está na triagem e vai demorar um pouquinho para ele aparecer", disse a mulher, na saída da penintenciária.

O pai de um outro detento -também por tráfico- que está no pavilhão 5, disse que os presos estão "num forró só por causa do Bruno". Segundo ele, todos querem saber notícias do jogador. "Até parece piada, mas acho que vai ter briga para saber em qual time de futebol ele vai querer jogar lá dentro."

O irmão de um outro preso, que cumpre pena pelo mesmo motivo dois dois anteriores, está mais pessimista sobre a possibilidade de ver o goleiro Bruno no presídio. "Meu irmão está de saída. Acredito que, se tudo der certo, ele esteja em liberdade até setembro. Não sei meu irmão vai jogar bola com o Bruno. E olha que meu irmão joga muito bem."

Ele disse ainda, que muitas mulheres e namoradas de presos até pareciam ter caprichado mais no visual para a visita deste sábado. "Olha, as meninas estavam todas agitadas para tentar conseguir falar com o Bruno, apenas vê-lo ou conseguir algum autógrafo."


De acordo com a polícia, os dias de visitas são sábado e domingo, das 8h às 14h, mas nenhum dos seis presos por suspeita no desaparecimento de Eliza vão poder receber parentes ou amigos, pois as visitas têm de ser agendadas com dez dias de antecedência. Além disso, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, eles não podem receber visitas nos primeiros 30 dias. Durante este tempo, eles também não têm direito ao banho de sol.

Fonte: G1
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